segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bleeding heart

Ele chegou de mansinho e sem pedir licença foi tomando conta dos meus dias.
Vagarosamente foi marcando território, se mostrando como quem não quer nada, ganhando confiança e espaço dentro do meu coração.
Não tinha pretensão nenhuma e nem pensava nele como alguém especial. Admirava seu caráter, sua inteligência, seu sarcasmo... Impossível negar que era um homem admirável. Ah, como era admirável.
Até que um dia, cinco palavras por ele me foram proferidas. Não quis acreditar, tentei ver como apenas admiração pelo meu caminho em busca de conhecimento, mas no fundo meu coração palpitou de alegria. A partir desse dia, minha cabeça virou totalmente!
Comecei a vê-lo de outra forma e entendi todos os seus acenos e inclinações como dicas, tentativas de se fazer notar. Admitir que o via de outra forma e que meu carinho com relação a ele somente aumentava foi difícil. Mas o passo foi dado e eu quis tentar, investir... Quando tudo parecia perfeito, ele simplesmente começou a mudar...
... Seus atos, gestos, jeito, forma de tratamento para comigo. Honestamente não consigo entender. Eu, que não queria nada, que estava quietinha no meu cantinho, com meu coraçãozinho já estilhaçado por tantas facadas que já levei, quando pensei que poderia se recompor com os carinhos e quem sabe, amor eterno deste homem, está mais do que despedaçado. Está rasgado, cortado, sangrando...
Eu não queria me apaixonar. Não queria ter que lidar com esse sentimento novamente, mas ele fez de tudo para me cativar e agora estás a me abandonar. A me abandonar na mais completa solidão, sem saída, sem ajuda, sem nada e nem ninguém. Por que fizestes isso comigo?! Por que enchestes me de esperança para depois destruir meu jardim? Por que me empurrastes ao mais tenebroso e profundo penhasco do qual, provavelmente, jamais sairei?
Rasgastes meu coração antes de me deixar sem arrependimentos. Pois se é isso que desejas, lhe trago um pedaço do meu coração partido...

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