segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Noite na Taverna...

Gode Aeden!

Faltam-me palavras para expressar meus sentimentos neste dia! Estou eufórica, nas nuvens!
Domingo a noite tem tudo para ser depressivo: musiquinha do Fantástico, a expectativa da segunda-feira e de uma longa semana à frente, mas este domingo foi diferente. Embora certa parte do dia meu coração tenha sido ferido, magoado, pisoteado e eu tenha ficado quase desacreditada de tudo, a noite conseguiu me animar.
Por um momento tudo parecia perdido, mas....

Vamos por partes: descobri que haveria uma encenação da peça "Noite na Taverna" do meu eterno amado Álvares de Azevedo na Casa das Rosas, último dia. Claro que fui. Porém, ao chegar, não haviam mais ingressos (na verdade, por ser gratuita, nem sabia que haveriam ingressos) e, embora tenha chorado e implorado para entrar, não consegui. Tive que me contentar de assistir ao primeiro ato da janela. Foi inesquecível: uma encenação de 'Macário'. O 'Satã' se referiu as "lindas moças de pele pálida" olhando pra mim... Ai! Ao final do ato, desacreditada da vida, ao ir embora encontrei Satã e Macário. Expliquei que não poderia ver a peça pois não tinha conseguido ingresso e pedi que, ao menos, me deixassem tirar uma foto. Além de conseguí-la, Satã me colocou pra dentro da peça. Siiiim! Fiquei sentadinha no canto, no chão, mas creio que era a única cujos olhos brilhavam, fascinados pela peça.

Foi simplesmente incrível! Maravilhoso! Noite na Taverna com fragmentos de Macário, do meu amado, do meu eterno amado... Não tenho palavras para descrever o que senti! Sei que guardarei este dia eternamente, como uma jóia rara!

Ai! Como eu queria ser chamada de "linda donzela de pele pálida" Ai! Como eu queria causar tremores no coração de um homem... Ai!

Deixo a música que embalou a noite:

A Noite E O Dia
Camané


Aí foi o dia que invadiu a noite
ou foi a noite que invadiu o dia
a chuva contra o frio, leve açoite
quase saudade ou triste alegria
a chuva contra o frio, leve açoite
quase saudade ou triste alegria

Minha alma quieta em desassossego
já madrugada ou ainda manhã
nenhuma sombra sobre o mundo cego
e, no entanto a escuridão que há
nenhuma sombra sobre o mundo cego
e, no entanto a escuridão que há

O tempo fraco ou o tempo forte
luz do que foi, dor do que há-de vir
simples vazio ou amor de morte
verdade a chuva e os céus a fingir
simples vazio ou amor de morte
verdade a chuva e os céus a fingir

Aí foi o dia que invadiu a noite
ou foi a noite que invadiu o dia
chove no meu destino, duro açoite
clara saudade ou negra alegria

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